domingo, 4 de novembro de 2012

Apresentações Seminário: Estudo de Caso

Casa da Flor
Alunos: André Fauri e Eleazar Santini Comoreto




Hundertwasserhaus
Alunos: Samuel Jachetti e Marcela Coral



Parque Güell
Alunos: Renata Saffer e Carol Vasques




Palácio Ideal
Alunos: Marina Orlandi Goulart




Parque do Tarô - Niki Saint Phalle
Alunos: Camila Alberti e Maíra Brum




The Watt Towers 
Alunos: Marcos Ogata




Escadaria da Lapa - Jorge Selarón
Alunos: Nathana Parise e Daniela Yumi




Instalações - Jean Dubuffet
Alunos: Rafael Puig e Patrícia Fernandes




Xilitla - Edward James
Alunos: Vitória Spohr e Mariana Mincarone


A hospitalidade na arquitetura



Tudo está errantemente esperando.
(...)
Curiosamente, a hospitalidade coloca o tema do espaço não no espaço, mas no indivíduo, como se ele próprio portasse a hospitalidade, o próprio espaço. Como se o sentido não estivesse no espaço ou na  arquitetura, mas sim nas próprias pessoas..

Já por outro lado, é quase uma impossibilidade pensar a hospitalidade sem um lugar específico, um tópico. A interioridade, assim como a hospitalidade, é sempre construída por uma relação de abertura, a qual é feita de fora, por aquele que chega para o outro, de fora para dentro, para constituir assim o dentro, como muitas vezes parece atestar a construção da arquitetura. Sempre parece que construímos o edifício por fora constituindo o dentro, mesmo muitas vezes construindo de dentro para fora. Isso porque o nosso conceito de interioridade se dá a partir do fechamento do corpo, esse fechamento sempre é a pele, a exterioridade.
A interioridade lateja na borda do outro. Se existe uma interioridade, uma interioridade das coisas, ela só pode estar mesmo fora, fora de si, quase ali no outro, só pode ser ar, neuma. Uma ansiedade do ar que mora no lar. Todo passo é um acontecimento, cada passo um evento, uma relação que se trava com a natureza, a ideia de um espaço geográfico limitado acaba desmerecendo a vida, também estamos e somos
sempre, quando andamos no território do outro. A natureza, a vida é sempre o território do outro. O ato de exteriorização é uma permanência no território do outro, na interioridade do outro.

Trecho de A hospitalidade na arquitetura, Fernando Fuão